quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Saiu no Jornal de Brasília

Era para ser a solução, mas virou o problema


Da Redação
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“Era para ser uma calçada, mas virou uma piscina de água suja”. É assim que o comerciário Carlos Neto, morador da Quadra 209 de Águas Claras, define uma obra feita na região com o intuito de receber a água da chuva e das construções próximas. A fossa foi feita em novembro de 2012, dentro da área pertencente ao Parque Sul de Águas Claras. Segundo o morador, a informação passada pela administração regional da cidade à comunidade, na época, é que o espaço seria asfaltado e calçado. Alguns dias depois, porém, uma construtora que tem obras na região aterrou o espaço, e a água que antes corria pelo asfalto passou a ir para o local. 

O presidente da Associação dos Moradores de Águas Claras Vertical, José Júlio de Oliveira, diz que após a conclusão da escavação voltou a procurar a administração para esclarecimentos. Eles teriam informado que o espaço seria uma solução temporária para o escoamento da água na área. 

Carlos Neto conta que chegou a filmar a ação dos operários durante a abertura do buraco, em 2012, mas foi coibido pelo responsável da obra. “Ele parou o carro ao meu lado, perguntou o que eu estava fazendo e quando disse que estava filmando, ele tentou me impedir.” 

Transtornos

Além de água, há dois pontos de escoamento de esgoto na quadra. Moradores e comerciantes reclamam do mau cheiro e da sujeira gerados pela água contaminada  com o entulho das obras. 

Gisele Maria, estudante de  uma escola próxima ao parque, diz que é impossível manter os carros e sapatos limpos. “A junção do esgoto com o cimento das obras é terrível. Suja tudo. Faço cursinho aqui perto e o mau cheiro chega a atrapalhar a concentração nas aulas”, observa a jovem.  
Mau cheiro e risco de doença incomodam

O problema incomoda quem passa pelo local. Bianca Achetta, advogada e moradora da região, diz que o mau cheiro é insuportável e que a Avenida Jacarandá, que passa pela lateral do parque, vira um verdadeiro rio quando chove. “Desde que me mudei para cá tem essa piscina. Nunca soube para o que era. Tenho medo de pegar alguma doença com essa água parada e esse esgoto correndo a céu aberto”, diz.
Carlos Neto, também morador da cidade, diz que gostaria de saber se a solução encontrada pelos órgãos competentes vai ser a mesma dada para o problema da água: “construir uma piscina de água suja e parada”, reclama.
Elizabete Farah, moradora de um dos prédios da quadra, diz que há poucos meses seu marido  contraiu dengue. Ela diz que a água parada pode ter contribuído para isso. “Essa água está nesse local há quase um ano. Meu marido ficou doente e acho que os mosquitos podem ter saído de lá”, alerta. 
Problema pode ser averiguado
A espécie de piscina que se formou no local incomoda os moradores, principalmente pelo mau cheiro. A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) esclarece que na esquenina da Avenida Jacarandá com a rua Araribá aconteceu um bombeamento de lençol freático e não extravasamento de esgoto. E na Avenida Jerivá com a Jacarandá foi detectada uma obstrução na rede de esgosto, já resolvida. Toda solicitação de manutenção deve ser comunicada a Central de Atendimento da Caesb pelo 115. 
Versão Oficial 
Segundo a Administração Regional de Águas Claras, a “espécie de piscina” foi realmente uma solução paliativa feita pelas construtoras para conter a água que escorria para o asfalto.  “No entanto, o governo está fazendo obras de águas pluviais no local, o que irá melhorar a situação da água dessa região. As obras ainda não foram concluídas”. Além disso, a regional diz que está nos planos a construção de uma praça no local para próximo ano. “Com relação aos pontos de escoamento citados, a administração tem conhecimento, no entanto, de que não se trata de esgoto, e sim de águas pluviais,   escoadas pelos condomínios  logo após as chuvas. Esse problema será resolvido assim que a rede de águas pluviais forem concluídas”, assegurou.  


Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br

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