Aos dezenove dias do mês de
setembro do ano de dois mil e treze, reuniram-se no auditório da Escola Atual, moradores de Águas Claras, convidados a
participarem de uma audiência com o Senhor Aires Cerchi Soares, Subsecretário
de Controle Estratégico da Secretaria de Obras, Senhor Murilo Melo Santos,
Superintendente de Trânsito do Departamento de Estradas de Rodagem- DER-DF e o
Senhor Robinson Ferreira Cardoso, Diretor de Serviços da Administração Regional
de Águas Claras. A pauta, pré-estabelecida, de acordo com a convocação, visava
tratar das propostas e alternativas para melhorar os acessos e saídas de Águas Claras
via EPTG, bem como perspectivas de construção da Via Interbairros. Dirigindo os
trabalhos, o Presidente da ASMAV, senhor José Júlio de Oliveira, apresentou as
autoridades, agradecendo-os pela disposição em comparecer a presente reunião
para ouvir a comunidade. Com a palavra o Sr. Murilo agradeceu ao convite,
elogiou a iniciativa e disse que estava muito a vontade na reunião,
considerando que também é morador da cidade e sofre diariamente com o caos no
trânsito. Mesmo ciente da limitação dos recursos para obras de grande vulto,
entende que a comunidade unida pode reverter as prioridades governamentais.
Ressaltou que estava na reunião, principalmente, para colher as impressões dos
moradores sobre o tema. O Sr. Robinson também agradeceu ao convite e elogiou a
iniciativa, esclarecendo que a administração Regional está atenta às demandas
da comunidade. O Sr. Aires Soares também elogiou a iniciativa e disse que a
Secretaria de Obras acompanha com muita atenção os problemas relativos ao
trânsito na saída e entrada de Águas Claras. Salientou que existe projeto para
corredor oeste, ou seja, a continuação das obras da EPTG após o viaduto da
EPIA, o que impactará em toda a via. O Sr. Murilo informou que já existem
projetos preliminares para um acesso direto para Águas Claras, exemplificando o
viaduto Airton Sena. Informou ainda a incipiência dos projetos que esbarram na
falta de recursos orçamentários e financeiros. Informou, também, sobre projeto
executivo sobre a melhoria da via que liga o Park Way, passando sobre os
trilhos do trem, via Lar dos Velhinhos. Explanou sobre a via Interbairros,
lembrando que é uma obra muito grande e de grande impacto ambiental que ligará
Samambaia à Asa Sul. Franqueada a palavra aos moradores, o Sr. Ivan iniciou
questionando se existe uma comissão de moradores para acompanhar e opinar sobre
os projetos preliminares, uma vez que a EPTG apresenta pontos conflitantes,
tanto nas marginais como na via principal. Sugeriu o fechamento das marginais
para ônibus. O Sr. Murilo asseverou que tem que considerar toda a coletividade
e que as vias marginais fechadas prejudicariam os pedestres. O Sr. Nonato
defendeu uma via saindo da Q 301,
aproveitando a Rua Carnaúba margeando o Parque com acesso a EPTG, que são
1.500m de via aproximadamente aproveitando a estrada não pavimentada já
existente em parte do local, e que as propriedades atingidas ou serão
particulares beneficiadas ou em concessão de uso do GDF. O Sr. Eduardo
cobrou plano imediato para a resolução dos problemas na EPTG, questionando a
passarela logo após a saída da EPVP, na EPTG, cuja rampa toma parte da pista, ao passo que a
mesma rampa poderia ser construída do outro lado da via. Lembrou, também, do
estreitamento das pontes e viadutos ao longo da EPTG, que, segundo ele, são
responsáveis pela retenção do trânsito além de acidentes. Pediu, ainda, que
fosse analisada a implantação de faixas de desaceleração ao longo das vias
marginais. O Sr. Murilo informou estar previsto o alargamento das pontes e
viadutos. O Sr. Cláudio Alcântara informou trabalhar da CLDF na Comissão de
Orçamento e sugeriu que a comunidade, através da ASMAV, procurasse estabelecer prioridades
para garantir orçamentos em algumas rubricas importantes para as obras de
melhoria no trânsito para os moradores de Águas Claras. O Sr. Antônio Marcos
defendeu que não deveria existir semáforos ao longo da EPTG, assim como a
eliminação de cruzamentos. Cobrou acesso direto de Águas Claras para o Guará,
sem passar pela EPTG. Aproveitou para criticar os postes no meio das calçadas
na cidade, atrapalhando a acessibilidade. O Sr. Aires informou que a passagem
que existia ao lado da linha do metrô foi retirada por problemas com a
segurança. Informou que a passagem para o Guará, pela antiga estação
ferroviária está inviável e que existe projeto para duplicação e drenagem que
deverá ser executado, possivelmente, no próximo ano. O Sr. Célio defendeu que se fizer uma parte da
Interbairros até o Guará já desafogará, sobremaneira, o trânsito na EPTG. O Sr. Aires Soares lembrou que qualquer
intervenção viária depende de um estudo do impacto no trânsito nas redondezas.
O Sr. Murilo Melo informou dos estudos sobre as baias provisórias ao longo das
vias marginais, assim como estudos para modificar os acessos da via principal à
marginal para depois do córrego, após a saída de Águas Claras ou fechar
definitivamente os acessos à via marginal. O Sr. Tiago sugeriu a criação do
grupo de trabalho para definir o orçamento e questionou o porquê de não liberar
os corredores exclusivos, haja vista a quase inexistência de ônibus circulando
por esses corredores. Sugeriu que o novo viaduto que passa próximo à faculdade
Processus desaguasse o trânsito diretamente na via expressa. O Sr. Murilo
lembrou que é uma política de governo privilegiar o transporte coletivo, por isso
a decisão de liberar a via expressa não passa apenas pela vontade dos usuários
de transporte pessoal. O projeto de reforma da EPTG levou em consideração essa
política que está sendo implementada pelo governo, como exigência do Governo
Federal. O Sr. Robinson informou do projeto de implantação de vans/zebrinhas
para circularem internamente em Águas Claras, assim como do expresso direto
para o Plano Piloto. A Sra. Ilze concorda com a liberação do corredor exclusivo
para ônibus na EPTG, devido a pouca utilização pelos ônibus. Além disso,
sugeriu o alargamento da entrada para a Vereda da Cruz, bem como a drenagem
pluvial para evitar o alagamento do Viaduto Israel Pinheiro em dias de chuvas.
Sugeriu, ainda, melhorar o atendimento por parte do metrô, ou, no mínimo
liberar a faixa exclusiva aos sábados, domingos e feriados, a despeito do que
acontece na EPNB. O Sr. Aires informou que a prerrogativa do DER é ordenar o
trânsito de acordo com o projeto da via. Portanto, o projeto da EPTG já previa
a existência das faixas exclusivas e, sendo assim, o DER não deve alterá-lo. O
Sr. Graciano sugeriu fechar definitivamente o cruzamento do Viaduto Israel
Pinheiro, o fim das paradas de ônibus ao logo da EPTG, transformando em
estações de transbordo e a construção de mais viadutos sobre o metrô dentro de
Águas Claras. O Senhor. Carlos Neto sugeriu o término das obras no Pistão Sul,
ligando à Vereda da Cruz, Av. Pau Brasil e Av. Sibipiruna, além da conclusão da
via que passa pelo colégio Leonardo da Vinci e o Hospital Alvorada. Defendeu a
ligação da Vereda da Cruz até o Guará. O Sr. Eduardo arguiu se, com a falta de
recursos por parte do GDF, não é possível uma PPP para resolver todos os
problemas de infraestrutura de Águas Claras. O Sr. Murilo asseverou que esta
questão é mais política do que técnica. O Sr. Marcelo Abreu inquiriu não ser
possível estabelecer velocidade diferenciada em cada faixa da EPTG e sugeriu
que a ASMAV elabores uma pauta específica para tratar do problema das águas
pluviais. O Sr. Rinaldo Pacelli relatou que não enfrenta problemas com o
trânsito haja vista usar sempre o contra fluxo, sugerindo uma pauta para tratar
dos problemas com a falta de calçadas. O Sr. Bruno sugeriu eliminar todos os
retornos na via do Setor Policial. Sugeriu também estudar alternativas para o
cruzamento da Av. Parque com a Flamboyant. Defendeu também estabelecer faixas
exclusivas na EPTG para carros com três pessoas ou mais, como forma de
incentivar transporte solidário. O Sr. Aires informou que é intenção eliminar
todos os semáforos ao o longo da EPTG até o início da W3 Sul. O Sr. Jair
Tedesch pediu a volta da ponte ligando o Guará, sugeriu autorizar que as motos
e caminhões também utilizem a faixa exclusiva para ônibus. O Sr. Amando sugeriu
incentivo financeiro para quem faz transporte solidário. O Sr. Claudimar
solicitou ao DER a organização das entradas e saídas dos postos de combustível
ao longo da EPTG, melhorando a sinalização. O Sr. Washington sugeriu que o
DETRAN faça um rigoroso controle do tráfego na saída de Águas Claras colocando
mais agentes para fiscalizar e inibir os apressados e “espertinhos” que usam
acostamento para ganhar tempo. Nas conclusões finais os Sr. Aires elogiou, mais
uma vez a iniciativa da Associação dos Moradores em reunir a comunidade para
discutir os problemas locais e se comprometeu a estudar todas as propostas
apresentadas pelos moradores se dispondo a novas rodadas de reuniões. Também o
Sr. Murilo Melo se colocou na mesma condição e relembrou sua situação de
morador e também interessado na resolução de todos os problemas. O Sr. Robinson
reiterou os elogios à iniciativa da reunião solicitando que a Administração
sempre seja convidada a participar dos encontros. Encerrando os trabalhos o Sr.
José Júlio se disse um pouco frustrado com o resultado imediato, pois esperava
que o GDF já tivesse pronto para executar as obras necessárias e reivindicadas
pela sociedade, mas muito satisfeito com a presença e participação de tantos
presentes que se dispuseram a sair do conforto de suas casas para discutirem problemas
inerentes a todos buscando, assim, uma cidade mais justa e humana. Agradeceu
aos representantes da Secretaria de Obras, do DER e da Administração pela
presença e paciência em ouvir a todos esperando que todos os problemas
levantados, por sinal todos convergentes, sejam tratados com a seriedade com
que o evento transcorreu. Agradeceu aos demais diretores da ASMAV presentes,
assim como a pessoa do Professor Mauro Eloy , Diretor da Escola Atual que
sempre se mostrou parceiro da comunidade local. Encerrado os trabalhos, eu Luiz
Antônio Costa, lavrei a presente ATA.
“Era para ser uma calçada, mas virou uma piscina de água suja”. É assim que o comerciário Carlos Neto, morador da Quadra 209 de Águas Claras, define uma obra feita na região com o intuito de receber a água da chuva e das construções próximas. A fossa foi feita em novembro de 2012, dentro da área pertencente ao Parque Sul de Águas Claras. Segundo o morador, a informação passada pela administração regional da cidade à comunidade, na época, é que o espaço seria asfaltado e calçado. Alguns dias depois, porém, uma construtora que tem obras na região aterrou o espaço, e a água que antes corria pelo asfalto passou a ir para o local. 
